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Apresentação e um dedo de prosa.

  • Foto do escritor: Giovani Gomes
    Giovani Gomes
  • 16 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de fev. de 2022

Oi! Sou o Gio Gomes e você pode usar qualquer pronome para falar comigo ou se referir à minha pessoa. Resolvi me apresentar contando uma história, nada muito pretensioso, apenas um relato da pré-adolescência que vivi lá nos anos 90. Lá vai!

Estava pela primeira vez acompanhando meus irmãos mais velhos naquelas tardes onde andávamos a pé, jogávamos futebol sábado de manhã e ficávamos no quarto dos amigos ouvindo as novidades fonográficas (era uma grande diversão). Época dos discos de vinil, pedaços de plástico que colocávamos em um aparelho chamado "tocador de discos" para, acredite: OUVIR MÚSICA! Muitos deles eram de dificílima obtenção e tratados como tesouros. Em termos de comparação, é como se a aquisição de um celular fosse além de mero presente, um motivo para reunir todos os amigos em casa. Vinis eram compartilhados e criavam uma série de ocasiões.

Esse passeio a pé era motivado por um disco específico, e eu não fazia ideia de que esse era o motivo daquela caminhada animada. Eles falavam coisas sobre os “acontecimentos” juvenis de seu grupo de amigos e também sobre músicas que ouviam e gostavam, e meu eu criança (naquele tempo, com 11 anos éramos crianças) simplesmente não entendia, fascinado que estava em acompanhar meus irmãos e incapaz de captar todo o universo dos adolescentes que me cercavam.




O grupo todo estava muito ansioso e, no meio da rua mesmo, saiu o quadradão cinza de um pacote de loja. Lá estava o vinil, o terceiro mais simbólico que eu vi, depois do “Rádio Pirata” do RPM e do “Brothers in Arms” do Dire Straits. Ali eu estava prestes a conhecer a voz e as canções de Renato Russo. Era o quarto álbum da Legião Urbana, o “Quatro Estações”. Algum tempo depois Renato daria a declaração bombástica: “- Eu sempre gostei de meninos - eu gosto de meninas também -, mas eu gosto de meninos. Como é que não é natural?", e aquilo foi muito natural, pois Renato o fez de forma natural.




Enfim... Como bom capricorniano, não sou bom em ser natural, então vou escolher me apresentar aqui como uma pessoa que tem se aventurado na escrita em prosa nos últimos anos. Comecei sendo selecionade em 2015 com o conto “Añánga peábo” para participar da coletânea de contos e poesias homoafetivas Um Rio de Cores, e a partir daí tomei gosto pela coisa e continuo escrevendo "escrevinhices" por aí, geralmente brincando de ficção fantástica, na esperança de que as coisas que escrevo sejam lidas.


E esse espírito de descoberta daquela caminhada há muitos anos atrás permanece, através do fascínio pelo novo e pela beleza do mundo a meu redor, tão presente naquele dia em que ouvi Legião Urbana pela primeira vez. Por isso produzo declamações no meu insta @desilusoesliquidas, pois a poesia é meu principal caminho para entender a vida. Nesse espaço teremos uma coluna quinzenal sobre escrita e poesia, lugares de meu conforto, que desejo compartilhar com todos os visitantes que por acaso estiverem enredados na tramatura. Bjos mil Gio Gomes




 
 
 

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