ESCRAVIDÃO - Vol. 2, de Laurentino Gomes
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ESCRAVIDÃO - Vol. 2, de Laurentino Gomes

O segundo livro de Laurentino Gomes sobre a escravidão no Brasil chega às livrarias e ao primeiro lugar nas listas de mais vendidos

O jornalista Laurentino Gomes despontou para o rol de escritores renomados em 2008, com o Lançamento de 1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, que narra a mudança da corte portuguesa, ameaçada por Napoleão, para o Brasil. Com um texto levemente romanceado, mas sem deixar de lado o tom jornalístico, e uma pesquisa bastante apurada para a proposta do livro, alcançou níveis de venda confortáveis a ponto de arrancar críticas algo torcidas de historiadores, o prestigiado Prêmio Jabuti de e a possibilidade de continuar a História do Brasil em duas outras obras - 1822 e 1898, ambas com o mesmo tom e sucesso da primeira.

Em 2015, já consolidado na temática histórica, anúncio uma nova trilogia, cujo primeiro livro foi lançado em 2019: Escravidão.

Mantendo o texto fluído e o tom jornalístico de um bom contador de histórias, Laurentino Gomes estende diante dos nossos olhos as bases do que formou a nação com o maior contingente populacional de negros do mundo, depois da Nigéria. O que resistiu mais tempo em libertar seus escravos, tendo recebido nada menos que 5 milhões de cativos africanos - 5 milhões de seres humanos obrigados a trabalho degradante, condições de vida desesperadoras e tratamento aviltante, muitas vezes levados a enfermidades e mortes abomináveis.

Dois anos depois, chega às livrarias o segundo volume de Escravidão, compreendendo cerca de 100 anos, entre 1700 até 1800, ou, como sugere o subtítulo "Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil".

Escravidão abre o mês de junho de 2021 como o mais vendido em sua categoria, na Amazon. O 13º no ranking geral, mas com possibilidade de alcançar o primeiro lugar em breve.

Ainda que a comunidade de Historiadores e Acadêmicos torça o nariz, a relevância de seu trabalho não pode passar despercebida e, no mínimo, ao jornalista e escritor deve-se o mérito de levar a História do Brasil, com sua linguagem fluída, a uma gama imensa de leitores que possivelmente só viram partes das nossas origens em livros didáticos nas cadeiras do Ensino Médio, em livros e apostilas mais preocupados com o que os vestibulares e Enem vão cobrar do que com a História realmente.

Se existe um autor contemporâneo importante para você ter na sua estante e ler com olhos de quem busca o entendimento das nossas origens (e resposta para o que somos hoje), esse é Laurentino Gomes.



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